No que pese a importância do
assunto predominante em Brasília (espionagem dos Estados Unidos), as
autoridades a bater cabeça e, sem saber direito como encaminhar o assunto. Num
terreno que desconhecem, deixam transparecer o amadorismo latente. Há uma máxima na Marinha de Guerra que
ensina: em matéria de Esquadra não se improvisa. Pois é exatamente o que vem
ocorrendo, a improvisação.
Vejam se não é mesmo uma coisa
meio que deprimente. Paulo Bernardes, ministro das Comunicações, durante uma
entrevista para a TV Estadão, no dia de ontem (10) foi surpreendido pelo
telefonema da Presidente Dilma, exatamente quando informava que as comunicações
entre os membros do governo eram seguras. Foi riso geral, principalmente quando
o ministro perguntou se o telefone era o do sistema criptografado. Se o
telefone fazia parte do “sistema seguro” não fica claro na matéria jornalística.
É verdade que o governo possui um
sistema criptografado para comunicações entre autoridades. Só não se sabe se
estas o usam. O que acontece, por outro lado, é o desleixo, o não acreditar que
tem sempre alguém à espreita e, deitam falação sobre tudo, ou seja, não levam a
sério. Só depois que a “casa cai” entram em pânico, tal como se verifica nesta
quadra.
O governo conta com um Serviço de
Inteligência, tal como qualquer país desenvolvido do Mundo. Trata-se da Agência
Brasileira de Inteligência (ABIn) que possui em seus quadros os mais
qualificados profissionais da área. Entretanto, parece que o governo não o leva
muito a sério. Vejam que essa Instituição está sob o comando do General José Elito
Carvalho Siqueira , chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que,
segundo dizem, não é recebido regularmente pela Presidente Dilma há muito tempo.
Não se sabe se isso é mesmo verdade, mas, se for, é um problema grave e sério,
ao meu entender. Segundo fontes autorizadas, Elito não gosta muito da ABIn e, muito menos da
atividade de Inteligência. Chega a
desdenhar do trabalho da própria Agência que comanda. Não é bem visto pelos
oficiais de inteligência, os quais já lhe mandaram um recado curto e grosso: “não
pertencemos à tropa do Elito.”
A Presidente e seus assessores
mais diretos parecem que também não levam muito a sério esse negócio de Inteligência.
Aliás, dizem que o partido ao qual pertence a Presidente tem um serviço de
informações próprio. Eu duvido muito que isso seja verdade. O máximo que pode
existir é um departamento de futricas e fofocas, o que é muito diferente,
diga-se. Se a Mandatária levasse um pouco mais a sério essa questão, já teria
colocado a ABIn junto ao seu gabinete e nomeado para chefiá-la alguém mais
afinado com essa atividade, deixando o general Elito somente com o GSI, o que
seria mais condizente com o seu perfil. Não quero dizer aqui que não seja competente,
só que não se identifica com a área de inteligência. Isso é o que se pensa
sobre ele na Instituição ABIn.
Chamo a atenção para fato de a
ABIn possuir na sua estrutura um
Departamento de Contra-Inteligência, que é responsável para agir nesses casos,
pois é esse Departamento que cuida diretamente da proteção dos conhecimentos
obtidos pela área de Inteligência, ou seja o dado negado. Esse dado negado, no
jargão da Inteligência, é aquela informação que não circula nos meios abertos,
nas fontes abertas, tais como imprensa e redes sociais, por exemplo. É, portanto, o que realmente interessa para
os elementos antagônicos.
A informação, desde há muito tempo, tem sido a alma
do negocio. Quem não tiver essa percepção, já perdeu! Não faz muito tempo, em
fevereiro de 2008, a Petrobrás teve vários computadores que armazenavam
informações sobre o pré-sal roubados no Rio de Janeiro. Na época ninguém levou
muito a sério. Hoje, a Petrobras está literalmente quebrada. Será que aquele
roubo foi fruto de coincidência? Acredite quem quiser, mas, coincidências
também são planejadas.
O traidor, Eduard Snowden, responsável
por todo esse imbróglio, está todo pimpão, fazendo a sua política de
vítima. Hoje (11), aparece nas principais manchetes de jornais do Mundo,
acompanhado de representantes de ONGs de Direitos Humanos, alegado perseguição.
Essa é a clássica história do sujeito que depois de assassinar os pais, alega
como atenuante em sua defesa, o fato de ser órfão de pai e mãe. Enquanto isso, aqui, abaixo da linha do
Equador, os ânimos continuam acirrados contra os Estados Unidos. Só falta mesmo
uma declaração de guerra. Do mais, viva a Sucupira.
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