sexta-feira, 12 de julho de 2013

O ESPÍRITO DE ODORICO PARAGUAÇU CONTINUA EM BRASÍLIA

No que pese a importância do assunto predominante em Brasília (espionagem dos Estados Unidos), as autoridades a bater cabeça e, sem saber direito como encaminhar o assunto. Num terreno que desconhecem, deixam transparecer o amadorismo latente.  Há uma máxima na Marinha de Guerra que ensina: em matéria de Esquadra não se improvisa. Pois é exatamente o que vem ocorrendo, a improvisação.

Vejam se não é mesmo uma coisa meio que deprimente. Paulo Bernardes, ministro das Comunicações, durante uma entrevista para a TV Estadão, no dia de ontem (10) foi surpreendido pelo telefonema da Presidente Dilma, exatamente quando informava que as comunicações entre os membros do governo eram seguras. Foi riso geral, principalmente quando o ministro perguntou se o telefone era o do sistema criptografado. Se o telefone fazia parte do “sistema seguro” não fica claro na matéria jornalística.

É verdade que o governo possui um sistema criptografado para comunicações entre autoridades. Só não se sabe se estas o usam. O que acontece, por outro lado, é o desleixo, o não acreditar que tem sempre alguém à espreita e, deitam falação sobre tudo, ou seja, não levam a sério. Só depois que a “casa cai” entram em pânico, tal como se verifica nesta quadra.

O governo conta com um Serviço de Inteligência, tal como qualquer país desenvolvido do Mundo. Trata-se da Agência Brasileira de Inteligência (ABIn) que possui em seus quadros os mais qualificados profissionais da área. Entretanto, parece que o governo não o leva muito a sério. Vejam que essa Instituição está sob o comando do General José Elito Carvalho Siqueira , chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que, segundo dizem, não é recebido regularmente pela Presidente Dilma há muito tempo. Não se sabe se isso é mesmo verdade, mas, se for, é um problema grave e sério, ao meu entender. Segundo fontes autorizadas, Elito  não gosta muito da ABIn e, muito menos da atividade de Inteligência.  Chega a desdenhar do trabalho da própria Agência que comanda. Não é bem visto pelos oficiais de inteligência, os quais já lhe mandaram um recado curto e grosso: “não pertencemos à tropa do Elito.”

A Presidente e seus assessores mais diretos parecem que também não levam muito a sério esse negócio de Inteligência. Aliás, dizem que o partido ao qual pertence a Presidente tem um serviço de informações próprio. Eu duvido muito que isso seja verdade. O máximo que pode existir é um departamento de futricas e fofocas, o que é muito diferente, diga-se. Se a Mandatária levasse um pouco mais a sério essa questão, já teria colocado a ABIn junto ao seu gabinete e nomeado para chefiá-la alguém mais afinado com essa atividade, deixando o general Elito somente com o GSI, o que seria mais condizente com o seu perfil. Não quero dizer aqui que não seja competente, só que não se identifica com a área de inteligência. Isso é o que se pensa sobre ele na Instituição ABIn.

Chamo a atenção para fato de a ABIn possuir na sua estrutura  um Departamento de Contra-Inteligência, que é responsável para agir nesses casos, pois é esse Departamento que cuida diretamente da proteção dos conhecimentos obtidos pela área de Inteligência, ou seja o dado negado. Esse dado negado, no jargão da Inteligência, é aquela informação que não circula nos meios abertos, nas fontes abertas, tais como imprensa e redes sociais, por exemplo.  É, portanto, o que realmente interessa para os elementos antagônicos.

A informação, desde há muito tempo, tem sido a alma do negocio. Quem não tiver essa percepção, já perdeu! Não faz muito tempo, em fevereiro de 2008, a Petrobrás teve vários computadores que armazenavam informações sobre o pré-sal roubados no Rio de Janeiro. Na época ninguém levou muito a sério. Hoje, a Petrobras está literalmente quebrada. Será que aquele roubo foi fruto de coincidência? Acredite quem quiser, mas, coincidências também são planejadas.


O traidor, Eduard Snowden, responsável por todo esse imbróglio, está todo pimpão, fazendo a sua política de vítima. Hoje (11), aparece nas principais manchetes de jornais do Mundo, acompanhado de representantes de ONGs de Direitos Humanos, alegado perseguição. Essa é a clássica história do sujeito que depois de assassinar os pais, alega como atenuante em sua defesa, o fato de ser órfão de pai e mãe.  Enquanto isso, aqui, abaixo da linha do Equador, os ânimos continuam acirrados contra os Estados Unidos. Só falta mesmo uma declaração de guerra. Do mais, viva a Sucupira. 

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